A cidade de Simões Filho, na Bahia, enfrenta há anos problemas graves no transporte público. Moradores dependem de veículos precários e sucateados para se locomoverem entre bairros e centro da cidade. O que salva a p população são os chamados “ligeirinhos”, carros particulares que fazem trajetos pré-definidos, para se deslocar entre os bairros. No entanto, a prefeitura não busca apoio do governo federal ou estadual devido a uma ruptura política que dificulta parcerias e investimentos.
Falta de apoio Federal e Estadual
A Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana (SEMOB), vinculada ao Ministério das Cidades, oferece suporte técnico e metodológico para que municípios elaborem seus Planos de Mobilidade Urbana. Esses planos são essenciais para melhorar o transporte público e garantir investimentos em obras como ciclovias, requalificação de calçadas e ampliação do sistema de ônibus.
Mas, em Simões Filho, a falta de diálogo com os governos federal e estadual impede o acesso a esses recursos. O prefeito Del do Cristo Rei, recém-eleito, herdou uma dívida contraída pela gestão anterior, que endividou a prefeitura até 2037. Nunca houve aplicação de valores prevenientes desses empréstimos , em soluções para mobilidade urbana. A aplicação desses recursos é frequentemente questionada, mas o prefeito ainda não realizou uma auditoria nas contas passadas.
Participação popular é fundamental
A população de Simões Filho tem um papel crucial nesse processo. A Política Nacional de Mobilidade Urbana exige que os cidadãos participem da elaboração dos planos, desde o diagnóstico até o monitoramento das ações. Isso pode ser feito por meio de conselhos, audiências públicas, oficinas comunitárias e pesquisas.
A participação ativa da sociedade garante que o plano reflita as necessidades reais da cidade. “Um bom plano de mobilidade não é feito apenas por técnicos. Ele precisa da voz da população para ser eficiente”, afirma Marcos Daniel Souza, diretor de Regulação da Mobilidade e Trânsito Urbano do Ministério das Cidades.
Oportunidade perdida?
Enquanto outros municípios aproveitam o apoio do governo federal, Simões Filho fica para trás. A plataforma ReDUS, criada pela SEMOB, oferece ferramentas para que gestores e cidadãos colaborem na construção de soluções. No entanto, a falta de diálogo político impede que a cidade acesse esses recursos.
Agora, é hora de a população se mobilizar e cobrar ações concretas. “Precisamos de um transporte público digno e seguro. Simões Filho não pode continuar dependendo de soluções improvisadas”, diz Maria Silva, moradora do bairro Centro.
Para mais informações sobre o apoio à elaboração de Planos de Mobilidade Urbana, acesse a página do Ministério das Cidades e cadastre-se na plataforma ReDUS.
“Favela não vence sem mobilidade urbana.”
LEIA MAIS
- Aprovação das contas de campanha de Del e Simone: Entenda o que isso significa para Simões Filho
- Textículos do Mário: As “DEZordens” de Dinha a Del
- Crislayne Souza é eleita Rainha do Carnaval de Salvador 2025
- Evento político sem empresários sinaliza crise na gestão municipal
- Deputada Kátia Oliveira falta à sessão histórica em Simões Filho
- Como Naftalina Pode Ajudar a Espantar Pombos e Mais!