Caro amigo navegante, começou! Calma, vou explicar: Os Textículos do Mário – a coluna política mais sarcástica da Bahia vai falar, mais uma vez, da “Tolentinópolis”, o apelido carinhoso e irônico que demos ao que acontece no cenário político de Simões Filho, BA. No cenário atual da cidade, onde a realidade frequentemente ultrapassa a ficção, o recém-empossado prefeito Del parece estar descobrindo que não é apenas com boas intenções que se constrói uma gestão. Isso é ainda mais verdadeiro quando o terreno é repleto de armadilhas herdadas.
Enquanto em Camaçari o prefeito Luiz Caetano já está com as mangas arregaçadas, auditando até as digitais dos contratos anteriores, Del prefere o caminho da confiança cega na administração passada. Talvez ele acredite que a gestão de Dinha tenha sido o paraíso fiscal de Simões Filho. Contudo, no mundo real da política, confiar demais em legados administrativos pode acabar colocando sua própria cabeça no centro de um drama jurídico.
O primeiro ato: a bomba da ENGEMULT
A política de Tolentinópolis ganhou mais um capítulo digno de novela. Lembra da ENGEMULT Construtora Ltda., contratada para o “grandioso” projeto do Centro de Estética e Embelezamento? Pois é, caro navegante, o contrato começou, pagamento aconteceu e as obras iniciaram. No entanto, o contrato foi cancelado pelo ex-prefeito. Agora, a 4ª Promotoria de Justiça, que instaurou o Procedimento Preparatório IDEA nº 709.9.392802/2024, quer entender como tudo isso foi possível sem que o prefeito sequer piscasse.
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Esse projeto, que deveria ser um marco na cidade, virou uma enorme dor de cabeça. Além disso, durante a campanha eleitoral, a oposição já havia denunciado irregularidades sobre a reforma do Mercado Municipal. Del, no entanto, parece mais preocupado em não desagradar o seu padrinho político do que em proteger sua própria gestão.
Quem avisa, amigo é!
Se Del continuar nesse ritmo, poderá ser o próximo protagonista de uma cena que ninguém deseja: “café com as autoridades”. Quá, quá, quá! É hora de alguém lembrar ao prefeito que ele tem a caneta e a responsabilidade de reverter os erros do passado antes que seja tarde demais. Deixar de investigar esses contratos pode sair caro. Não estamos falando apenas de cifras milionárias, mas de algo ainda mais precioso: credibilidade política e até mesmo liberdade.
Governar não é para os fracos, muito menos para os medrosos. Por outro lado, quem herda bombas administrativas precisa escolher: desmontá-las com perícia ou esperar que estourem. Além disso, quem avisa, amigo é. O tempo é rei, e na política de Tolentinópolis, as falhas de hoje são as manchetes de amanhã.
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Dá uma olhada no documento: