Textículos do Mário: Yahweh Shamah e a Matemática da Farra

Yahweh Shamah e a matémática da farra

Olá, amigo navegante! Prepare-se, porque o Textículo do Mário de hoje vai tratar do Yahweh Shamah — se duvidar, o evento evangélico mais lucrativo da Bahia, com uma pitada de ironia e uma dose de indignação, claro. Porque, como diria o sábio: “se não rir, vai chorar”.

A Crise financeira da prefeitura de Simões Filho e a grande promessa do Yahweh Shamah

Se você acha que a crise financeira da prefeitura já estava difícil, com a falta de grana para pagar servidores e indenizações de exonerados, você ainda não viu nada. Prepare-se para a verdadeira bomba que está para explodir no final deste mês. O prefeito Del, que já não consegue pagar nem os salários de dezembro dos comissionados exonerados, está prometendo realizar a maior edição do Yahweh Shamah de todos os tempos. E aí, meu amigo, é hora de chorar — ou de rir de nervoso mesmo.

Despesas colossais: A real matemática da farra

O que não é segredo para ninguém é que a realização deste evento gera uma despesa financeira de dar inveja a qualquer produção festiva no Brasil. E a transparência, meu amigo, a transparência? Bem, essa parece ser um conceito ainda em estudo na “Vila Simões Filho”. Afinal, é mais fácil fazer a contabilidade do que entender a verdadeira matemática da farra.

Palco, estrutura, igrejas, participações, cachês… A lista de “necessidades” para fazer essa festa acontecer é tão longa que até o tempo de um show de quatro horas pareceria pouco para a quantidade de dinheiro que vai ser jogado ali. Cada um querendo um “naco” dessa grana, como um bando de hienas famintas numa verdadeira carnificina financeira, cujo cadáver a ser devorado são os cofres da prefeitura municipal. A cidade, você deve saber, já é conhecida pelo seu folclore político, mas essa edição promete ser mais uma obra de arte daquelas… só que no pior sentido da palavra.

Os Cachês: Quanto custa o Yahweh Shamah?

Agora, se alguém ainda tem dúvida sobre onde vai parar o dinheiro, vamos falar dos cachês. Você já imaginou quanto custa a participação de Samuel Mariano, aquele cantor de renome? Pois bem, o valor que deve ser pago a ele daria para pagar os salários de uma boa parte dos servidores e exonerados da cidade. E quem mais vai cantar no evento? Não sei, mas a pergunta que fica é: o que será que esses artistas vão cantar de tão necessário para o povo de Simões Filho? Certamente não é o samba de Benito de Paula que diz: “Tudo está no seu lugar, graças a Deus…”

O Palco: A joia da festa e seus sete milhões

Mas o melhor (ou pior, depende do ponto de vista) está por vir. Ah, o palco! O glorioso palco, aquele que sempre é tratado como a verdadeira joia da festa. Porque, se tem uma coisa que não falta nesse tipo de evento, é a grana para o palco e toda estrutura de camarotes e coberturas metálicas! Quem lembra da polêmica no ano passado, quando se falou que mais de 7 milhões de reais foram gastos só nisso? Isso mesmo: SETE MILHÕES! E você, amigo, vai perguntar: “Onde está a transparência?” Pois é, meu caro, com ou sem ela, vão gastar muito dinheiro e pronto!

LEIA TAMBÉM

A Farra dos empresários e artistas: Quem realmente lucrará?

E a grande verdade é que dessa fortuna toda, não vai sobrar nada para o povo. Vai ficar tudo com aqueles empresários e artistas que, com um sorriso maroto no rosto, vão saborear a grana da festa enquanto os comissionados ficam sem receber os salários que têm direito. É como um banquete de opulência às custas da miséria alheia. Tudo em nome de Deus. Eu ouvi um amém?

Agora, me diz você: enquanto a cidade poderia estar investindo em saúde, educação e infraestrutura, vamos, novamente, gastar uma fortuna com uma festa que, no fundo, vai beneficiar apenas um pequeno seleto grupo de artistas, empresários, políticos e líderes religiosos de plantão. Mas a matemática é essa, né? Nada como uma boa festa para desviar os olhares do povo, e mais uma vez as finanças da cidade vão para o beleléu. Repetindo, tudo em nome de Deus, ô glária!

O Fim da festa: Quem paga a conta?

E enquanto uns choram pelo atraso salarial, outros estarão brindando o fim do mês com saldos milionários nas suas contas bancárias. Ah, a política simõesfilhense… Sempre trazendo mais risos do que lágrimas, ou seria o contrário?

Até a próxima, caro amigo navegante! E não se esqueça: enquanto a farra rola solta, quem paga a conta é o povo.

E para quem achar que isso é exagero, faço minhas as palavras do meu amigo: “Então tá, então!”

Mais recentes