Reinventando a roda: A proposta de Kátia Oliveira é menos do mesmo

Centros Sociais Urbanos da Bahia destacando proposta já existente e similar à de Kátia Oliveira

Caro amigo navegante, como diz o ditado: Tá osso! Ah, a política simõesfilhense, sempre nos brindando com suas inovações surpreendentes! Recentemente, a deputada Kátia Oliveira propôs a criação das chamadas “Usinas de Paz”, centros comunitários destinados à qualificação profissional e convivência social, com o nobre objetivo de combater a violência na Bahia. Uma ideia louvável, não fosse por um pequeno detalhe: esses centros já existem há anos e atendem pelo nome de Centros Sociais Urbanos (CSUs).

Centros Sociais Urbanos: uma velha novidade

Os CSUs oferecem uma ampla gama de serviços à população, incluindo:

  • Atividades de lazer e cultura
  • Inclusão digital
  • Formação e qualificação profissional
  • Educação infantil
  • Atenção à saúde
  • Apoio a grupos de convivência

Esses centros visam fortalecer os vínculos comunitários e promover a inclusão social, contribuindo para a redução da violência nas comunidades.

Reinventando a roda com um toque gospel

A proposta da deputada não apenas renomeia os já existentes CSUs, mas também sugere um título que remete a pautas evangélicas, as “Usinas de Paz”. Seria esta uma tentativa sutil de impor padrões religiosos à população, desrespeitando a laicidade prevista em nossa Constituição? Afinal, nada como um verniz religioso para dar um ar de novidade ao que já conhecemos, não é mesmo? Quá quá quá!

Uma questão de eficiência ou desperdício?

Em vez de investir na ampliação e modernização dos CSUs, a deputada propõe a criação de novos centros, ignorando os custos adicionais que isso implicaria para os cofres públicos. Seria mais sensato aprimorar os serviços já existentes, otimizando recursos e fortalecendo parcerias com os governos estadual e federal. Mas, aparentemente, a originalidade reside em reembalar o velho como se fosse novo, sem considerar a eficiência administrativa.

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Inovação ou falta de criatividade?

Talvez o verdadeiro problema seja a ausência de uma equipe capaz de desenvolver políticas públicas genuinamente inovadoras. Rebatizar projetos antigos e apresentá-los como soluções inéditas pode ser uma estratégia conveniente, mas não engana uma população atenta. Quem sabe, com um pouco mais de esforço, poderíamos testemunhar propostas que realmente tragam benefícios inéditos à sociedade baiana.

Em suma, a iniciativa da deputada Kátia Oliveira parece mais uma tentativa de reinventar a roda, adicionando um toque religioso e desconsiderando a existência e eficácia dos Centros Sociais Urbanos. Seria mais produtivo investir na melhoria dos CSUs, respeitando a diversidade cultural e religiosa da população, além de prezar pela eficiência no uso dos recursos públicos.

Afinal, como diria o ditado popular, “não se mexe em time que está ganhando” — especialmente quando a única mudança é o nome na camisa.

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