Pesquisar

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

União Brasil e PP lançam superfederação com discurso de oposição, mesmo ocupando ministérios no governo Lula

União Brasil e PP lançam superfederação com discurso de oposição, mesmo ocupando ministérios no governo Lula

A nova federação partidária formada por União Brasil e Progressistas (PP) foi lançada oficialmente nesta terça-feira (29), na Câmara dos Deputados, sob o nome de União Progressista. Mesmo com quatro ministérios no governo Lula (PT), a superfederação adotou um tom oposicionista, com críticas diretas à estagnação econômica e aos escândalos de corrupção no país.

O evento, realizado no Salão Negro do Congresso Nacional, reuniu figuras influentes dos dois partidos e contou com a leitura de um manifesto que propõe um “choque de prosperidade” para o Brasil, com foco na iniciativa privada como motor do crescimento. Apesar da aliança, divergências internas impedem, por ora, a definição de um presidente para a nova estrutura.

Maior bancada e mais recursos: superfederação será força dominante no Congresso

Com 109 deputados federais e 14 senadores, a União Progressista se torna a maior bancada do Congresso Nacional. Isso garante ao novo grupo o maior tempo de TV e rádio na propaganda eleitoral, além da maior fatia dos fundos partidário e eleitoral.

O peso da superfederação deve influenciar diretamente o debate político até as eleições de 2026. Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que teve destaque no evento, o grupo pode se tornar protagonista da disputa presidencial. Caiado, inclusive, recebeu promessa de apoio à sua pré-candidatura, caso alcance 10% nas pesquisas até março do próximo ano.

Críticas ao governo Lula foram veladas, mas recorrentes nos discursos

Embora o presidente Lula (PT) não tenha sido citado nominalmente no evento, o tom oposicionista foi claro. “O Brasil não pode continuar sem crescer, o Brasil não pode continuar com esses escândalos de corrupção todos os dias”, afirmou a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra de Bolsonaro.

O manifesto da União Progressista critica o atual modelo de Estado, cobrando reformas estruturantes, como a reforma administrativa, e defende que programas sociais precisam ser acompanhados de medidas para inserir os beneficiários no mercado de trabalho.

Entre as referências indiretas ao PT está a valorização do Plano Real, “contestado por alguns em seu lançamento”, mas tratado no documento como marco essencial para a estabilidade econômica.

Conflitos internos adiam escolha de presidente da nova federação

Apesar da união formal, a superfederação PP-União Brasil nasce com conflitos internos. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), queria assumir a presidência, mas encontrou resistência do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que também pleiteia o cargo. Sem consenso, os presidentes das duas siglas optaram por uma cogestão provisória.

Disputas nos estados também desafiam a unidade do grupo. Em locais como Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, o comando da federação ainda será definido. Na Bahia, por exemplo, o União Brasil comanda a estrutura, mas parte da bancada do PP segue alinhada ao governador petista Jerônimo Rodrigues.

Ministros do governo Lula estiveram no evento, mas ficaram de fora dos discursos

Apesar da postura crítica, o evento contou com a presença de dois ministros do governo Lula: André Fufuca (Esporte – PP) e Celso Sabino (Turismo – União Brasil). Nenhum deles foi chamado para discursar, o que reforça o distanciamento político entre os parlamentares da base e o Planalto, mesmo com cargos ocupados na Esplanada dos Ministérios.

Além deles, também compareceram ao evento o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, aliado direto de Jair Bolsonaro.

União Progressista sinaliza estratégia para 2026, mas enfrenta desafios regionais

Líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB) admitiu os conflitos regionais, mas afirmou que haverá tempo para negociações até as eleições. Em relação às chapas proporcionais, a federação pode flexibilizar o apoio a diferentes nomes, para evitar a debandada de filiados.

“Ao final, o pensamento da federação será de agir em bloco”, disse o senador, demonstrando que a prioridade será a viabilidade eleitoral, mesmo que isso exija concessões estaduais.

Nova federação fortalece oposição, mas depende de unidade interna

Com a criação da União Progressista, PP e União Brasil ganham protagonismo no Congresso e projetam influência nas eleições de 2026. O discurso oposicionista pode ser um ensaio para uma candidatura de terceira via, mas o sucesso da federação dependerá da capacidade de resolver suas disputas internas e unificar o discurso em nível nacional.

📢 Ajude a imprensa independente de Simões Filho a crescer!

O Tudo é Política é um site comprometido em informar com verdade e defender os interesses da nossa cidade. Para continuar nosso trabalho, precisamos de você!

Contribua com qualquer valor via Pix:
55 71 988428531

Compartilhe nossos conteúdos e ajude a fortalecer uma imprensa livre e independente! Juntos, vamos construir uma Simões Filho melhor! 💪

#ImprensaIndependente #SimõesFilhoLivre

Leia mais

PUBLICIDADE