O bolsonarismo, movimento político liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido amplamente criticado por especialistas e observadores políticos como um fenômeno que transcende a política tradicional, assumindo características preocupantes de fanatismo e sectarismo. Analistas alertam para sinais de que o movimento pode ser comparado a uma “seita do mal”, alimentada por discursos radicais, desinformação e práticas antidemocráticas.
No centro das atenções está uma série de declarações polêmicas feitas por apoiadores do bolsonarismo, como a vereadora Mariana Lescano (Progressistas), de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Após a morte do Papa Francisco (1936-2025), ela usou as redes sociais para afirmar que a partida do líder católico representava o fim de uma era marcada por distorções doutrinárias.
Principais pontos da postagem:
- Críticas ao “comunismo infiltrado” na Igreja Católica.
- Defesa de uma “purificação” religiosa liderada por figuras conservadoras.
- Interpretação apocalíptica sobre eventos globais e espirituais.
Segundo Lescano, “o comunismo já não se esconde mais, está sentado em tronos e púlpitos”, acusando o alto clero de promover ideologias que mancham a fé com relativismo. Para ela, a morte do papa logo após a Páscoa não seria coincidência, mas parte de uma “limpeza espiritual”.
Essas declarações refletem um padrão comportamental dentro do bolsonarismo que muitos classificam como demente e sectário. O movimento é caracterizado por uma lealdade cega ao líder, desprezo por instituições democráticas e uma visão dualista do mundo, onde existem apenas “aliados” ou “inimigos”.
Por outro lado, especialistas alertam que esse tipo de retórica não apenas polariza a sociedade, mas também coloca em risco os pilares da democracia. “O bolsonarismo opera como uma seita, onde a verdade é moldada pelo líder e qualquer crítica é vista como perseguição”, afirma um analista político.
Além disso, o uso de narrativas conspiratórias e apocalípticas, como as vistas na postagem de Lescano, reforça a ideia de que o movimento busca criar um senso de urgência e medo entre seus seguidores. Isso, segundo estudiosos, é uma estratégia clássica de seitas extremistas para manter o controle sobre seus adeptos.
Aqui estão alguns sinais preocupantes do bolsonarismo como “seita do mal”:
- Fanatismo cego: Lealdade absoluta ao líder, mesmo diante de evidências contrárias.
- Discurso de ódio: Ataques constantes contra minorias, instituições e adversários políticos.
- Manipulação emocional: Uso de narrativas apocalípticas e conspiratórias para angariar apoio.
- Desprezo à democracia: Rejeição de resultados eleitorais e incitação à violência política.
Portanto, fica evidente que o bolsonarismo não é apenas um movimento político, mas sim uma força ideológica que se assemelha a uma seita radical, cujos impactos podem ser devastadores para a sociedade brasileira.