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Protesto contra Lula em BH é cancelado por orientação de Bolsonaro

Protesto contra Lula em Copacabana com presença de Bolsonaro

A versão belo-horizontina do protesto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcado para o dia 16 de março, foi cancelada. O evento agora se concentrará em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no mesmo dia. A passeata carioca já tem a presença confirmada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que convocou apoiadores para o ato.

Lideranças bolsonaristas em Belo Horizonte anunciaram o cancelamento da manifestação na capital mineira neste sábado (22/2). A justificativa foi a necessidade de concentrar esforços no protesto do Rio. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), uma das principais vozes do bolsonarismo no país, usou as redes sociais para informar sobre a decisão. Ele ressaltou que não organizava o evento em BH, apenas o apoiava.

“Como eu não estava organizando a manifestação em BH, não tinha o poder de cancelar ou não. Somente de apoiar – como estava fazendo. E até então, estava mantida. Agora, não mais, pelo que soube, junto com vocês aqui”, escreveu Ferreira.

A repercussão entre os seguidores do deputado e de outros políticos aliados foi majoritariamente de insatisfação e dúvida. Muitos questionaram o motivo do cancelamento. O vereador de Belo Horizonte Pablo Almeida (PL) explicou à reportagem que o objetivo é direcionar todos os esforços para o ato no Rio.

Convocação de Bolsonaro

O cancelamento de manifestações em outras cidades foi uma orientação direta de Jair Bolsonaro às lideranças locais. Em nota, o movimento DireitaBH afirmou ter compreendido a decisão do ex-presidente.

“As lideranças do movimento DireitaBH, representado por Cristiano Reis e outros movimentos populares de direita, entenderam o chamamento e a importância da convocação de Bolsonaro para o ato em Copacabana. […] O ato segue em Copacabana com participação direta de todos os movimentos que estão organizando caravanas. Estimamos uma grande adesão de patriotas devido à força da convocação do nosso eterno presidente”, diz trecho da nota.

Durante o Primeiro Seminário de Comunicação do Partido Liberal (PL), na sexta-feira (21/2), Bolsonaro afirmou que conversou com lideranças e espera reunir um milhão de pessoas no Rio.

“Consegui compor conversando com lideranças, não posso fazer nada sozinho, vamos botar um milhão de pessoas em Copacabana em 16 de março. A gente vai pedir para não levar nenhum cartaz para nenhum infiltrado levar nada com alguma frase esquisita”, declarou o ex-presidente.

Rio de Janeiro como epicentro

O ato no Rio de Janeiro está mantido e deve reunir as principais lideranças bolsonaristas do país. Bolsonaro convocou manifestantes em vídeo, destacando as pautas do protesto: a deposição de Lula, a anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a insatisfação com a gestão da economia e da segurança pública.

Além de Bolsonaro, o evento contará com a participação do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus, que tem sido uma figura central nos atos promovidos pelo ex-presidente nos últimos anos.

O protesto ocorre em um momento de tensão entre Bolsonaro, seus apoiadores e o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, em particular, tem sido alvo de críticas. O STF decidirá nos próximos meses se torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado e se o condena pelos crimes apresentados em relatório da Procuradoria Geral da República (PGR).

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