O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (9/4) da IX Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada em Tegucigalpa, Honduras , com foco central na agenda de integração regional, segurança alimentar e combate às mudanças climáticas. Essas questões são fundamentais para garantir o desenvolvimento sustentável da região.
Pontos principais da participação de Lula na Celac
- Proposta de candidatura unificada para ONU : O Brasil sugeriu que os 33 países membros da Celac apoiem uma candidatura única ao cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). A preferência é por uma mulher, já que nunca houve uma liderança feminina no posto.
- Convite à COP30 : Lula convidou os líderes regionais para participarem da COP30, marcada para novembro deste ano no Brasil, destacando a importância da adesão à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza .
- Erradicação da fome até 2030 : A iniciativa busca mobilizar esforços globais para erradicar a fome e reduzir a pobreza extrema.
De acordo com a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, a retomada do Brasil à Celac em 2023 reflete a prioridade estratégica dada pelo governo Lula à integração regional . “A participação do presidente Lula é um claro sinal dessa prioridade. O primeiro ato de política externa de seu governo foi justamente retornar à Celac”, afirmou.
Os 33 países da Celac representam juntos a terceira maior economia do mundo, com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em cerca de US$ 7 trilhões. Além disso, a região abriga aproximadamente 670 milhões de pessoas e é considerada a maior produtora de alimentos do planeta, com matrizes energéticas limpas e grande potencial para energia eólica e solar.
Portanto, a integração regional discutida durante a cúpula não apenas fortalece a cooperação entre os países, mas também posiciona a América Latina e o Caribe como protagonistas no cenário global. “Ao unir esforços, podemos enfrentar desafios como a crise climática e a insegurança alimentar”, ressaltou Lula durante seu discurso.
Por outro lado, a proposta brasileira para a candidatura unificada à ONU visa reforçar o princípio da rotatividade regional. “Nós entendemos que cabe à América Latina e ao Caribe assumir esse cargo. Nosso objetivo é consolidar uma candidatura única, aumentando nossas chances de êxito”, explicou Padovan.
Além disso, o presidente Lula destacou a urgência de políticas públicas voltadas à segurança alimentar. O Brasil, como líder regional, pretende ampliar parcerias para garantir que todos tenham acesso a alimentos nutritivos e acessíveis.