A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), consolidou-se como uma das figuras mais importantes na construção da frente ampla que levou Luiz Inácio Lula da Silva à vitória nas eleições presidenciais de 2022. Sua experiência em articulação política e sua resistência ao lawfare contra Lula foram fundamentais para unir diferentes setores em torno da candidatura petista. Agora, como ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi terá a missão de repetir esse sucesso, garantindo a governabilidade do novo governo.
Trajetória política: Da Casa Civil à Presidência do PT
Advogada e economista, Gleisi Hoffmann tem uma carreira política marcada por protagonismo e habilidade estratégica. Foi senadora pelo Paraná entre 2011 e 2019 e ministra da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff, de 2011 a 2014. No cargo, destacou-se na coordenação de políticas públicas e na interlocução com o Congresso Nacional, habilidades que seriam essenciais em sua trajetória posterior.
Após o golpe parlamentar de 2016, Gleisi emergiu como uma das principais vozes da oposição, denunciando as ilegalidades do impeachment de Dilma e a perseguição judicial contra Lula. Em 2017, assumiu a presidência nacional do PT, liderando o partido em um período de intensas disputas políticas, incluindo as eleições de 2018 e a defesa da candidatura de Lula em 2022.
A Frente ampla e a vitória de Lula em 2022
Nos bastidores da campanha presidencial de 2022, Gleisi foi uma das principais articuladoras da frente ampla que garantiu a vitória de Lula. Com habilidade política, ela trabalhou para unir forças progressistas e atrair apoios de setores que, historicamente, não faziam parte da base petista. Um dos movimentos mais estratégicos foi a composição da chapa com Geraldo Alckmin, que ampliou o alcance eleitoral de Lula e ajudou a neutralizar críticas de setores mais conservadores.
Além disso, Gleisi teve um papel ativo na mobilização social contra os ataques do bolsonarismo. Sua atuação foi crucial para consolidar a narrativa de defesa da democracia e dos direitos sociais, unindo partidos aliados e movimentos sociais em torno de um projeto comum. Durante a campanha, ela esteve à frente das articulações com aliados, garantindo coesão na base de apoio e neutralizando investidas da extrema-direita.
Desafios como Ministra da Secretaria de Relações Institucionais
Agora, como ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann enfrenta novos desafios. Em um Congresso polarizado e com setores conservadores ainda ativos, sua capacidade de articulação será fundamental para garantir a governabilidade do governo Lula. A sustentação do projeto político do PT dependerá, em grande parte, de sua habilidade em construir consensos e avançar nas políticas públicas defendidas pelo partido.
A experiência acumulada ao longo de sua trajetória política será um trunfo para Gleisi. Sua atuação na frente ampla que levou Lula à vitória foi um marco, mas sua influência vai além das eleições. Como ministra, ela terá a responsabilidade de mediar conflitos, garantir diálogo com o Legislativo e fortalecer a base de apoio do governo.
Conclusão: O papel decisivo de Gleisi Hoffmann
A trajetória de Gleisi Hoffmann é um exemplo de resistência e estratégia política. Da defesa de Lula contra o lawfare à construção da frente ampla que garantiu sua vitória em 2022, Gleisi consolidou-se como uma das principais lideranças do PT. Agora, como ministra, sua atuação será decisiva para o futuro do governo e para os rumos da esquerda no Brasil.