O caso envolvendo Del do Cristo Rei e Simone Costa, eleitos em Simões Filho, ganhou novos desdobramentos desde a última terça-feira, 10 de dezembro. A Justiça Eleitoral concedeu mais cinco dias ao Ministério Público (MP) para apresentar sua manifestação sobre a possível cassação da chapa.
Com a diplomação dos eleitos prevista para o dia 16 de dezembro, o prazo estendido acirra os ânimos. Enquanto aliados dos acusados afirmam que o caso será resolvido “sem maiores danos”, críticos destacam a gravidade das denúncias e esperam um desfecho que faça jus às acusações documentadas.
O que está em jogo?
As denúncias apresentadas pelo MP Eleitoral são contundentes. O ex-prefeito Diógenes Tolentino, conhecido como “Dinha”, é acusado de usar sua posição de autoridade para coagir servidores a apoiar Del do Cristo Rei durante as eleições de 2024.
Relatórios detalham que funcionários comissionados teriam sido ameaçados de exoneração caso não declarassem apoio ao candidato indicado. Além disso, reuniões promovidas pela gestão municipal teriam servido como palco de pressão explícita sobre os servidores públicos.
Provas e defesa em conflito
A defesa de Dinha e da chapa eleita argumenta que as exonerações ocorreram antes do período vedado pela legislação eleitoral. No entanto, o MP Eleitoral apresentou registros audiovisuais e depoimentos de funcionários que alegam ter sido coagidos.
Entre as denúncias, destacam-se relatos de Fabiana Almeida Santos e Ana Paula Barbosa dos Santos, exoneradas por se recusarem a atender às exigências políticas. A defesa insiste na falta de provas concretas, mas o peso dos testemunhos apresentados enfraquece essa estratégia.
Um Natal de incertezas em Simões Filho
A população de Simões Filho segue dividida. Alguns cidadãos veem no caso a oportunidade de corrigir erros políticos e responsabilizar os culpados. Outros, céticos, acreditam que o processo não resultará em consequências significativas.
Nas redes sociais, especula-se se a Justiça Eleitoral conseguirá concluir o caso antes da diplomação. “Será que vai sobrar tempo para o Papai Noel resolver isso?”, brinca um empresário local.
O MPF Eleitoral ainda propôs uma transação penal a Dinha, envolvendo uma multa de R$ 40 mil ou serviços comunitários. Caso rejeitada, a ação penal prosseguirá, podendo resultar em cassação e inelegibilidade por até oito anos.
Próximos passos e expectativas
Com a diplomação se aproximando e o prazo para manifestação do MP terminando na mesma semana, o clima é de apreensão. A Justiça Eleitoral está diante de uma encruzilhada: definir o futuro político da cidade com uma decisão que possa ser exemplo ou ceder às pressões externas.
Simões Filho aguarda. Entre dúvidas e sarcasmo, uma coisa é certa: os próximos dias serão decisivos para o destino de Del, Simone e, talvez, de toda a política local.