A cidade de Simões Filho, localizada na região metropolitana de Salvador, tem vivido um cenário de insatisfação popular que ganha força nesses primeiros meses de 2025. A população demonstra um crescente sentimento anti-Dinha , referindo-se ao ex-prefeito Diógennes Tolentino, conhecido como Dinha.
O declínio do apoio político
Dinha, que por anos contou com o apoio estratégico da comunidade evangélica e diversos setores da sociedade local, agora enfrenta uma onda de rejeição. Essa mudança é atribuída principalmente às denúncias de interferência indevida na atual gestão municipal, liderada pelo prefeito Del do Cristo Rei e sua vice, Simone Costa.
Conforme destacou o vereador licenciado Genivaldo Lima em entrevista recente a uma rádio local (veja aqui), Dinha controla cerca de 80% das decisões da prefeitura , mesmo sem ocupar oficialmente o cargo de prefeito. Esse fato gerou desconforto entre os moradores, que acusam o ex-prefeito de manipular nomeações e uso de recursos públicos. Além disso, a situação expôs uma crise administrativa sem precedentes.
Herança problemática deixada por Dinha
Os problemas enfrentados pela atual gestão municipal são, na verdade, consequências diretas da administração anterior. O ex-prefeito Dinha é apontado como responsável pelo estouro do orçamento público municipal , resultado de má gestão financeira e falta de transparência durante seus mandatos. Entre os principais problemas herdados estão:
- Falta de transporte para universitários;
- Fechamento de escolas para alunos especiais;
- Ausência de serviços de macrodrenagem preventivos;
- Nomeação de aliados políticos de outras cidades;
- Caos no setor de saúde, com falta de medicamentos e manutenção em praças públicas.
Além disso, a decisão equivocada do atual prefeito em não realizar uma auditoria nas contas deixadas por Dinha logo no início da gestão permitiu que o ex-prefeito continuasse exercendo influência política na cidade. Essa postura, por outro lado, agravou ainda mais a crise financeira e administrativa.
Uso da religião como estratégia política
Para manter seu controle político, Dinha sempre utilizou discursos religiosos, citando passagens bíblicas e apelando ao sentimento espiritual da população. No entanto, essa tática parece estar perdendo eficácia. Com sua base de apoio dividida na Câmara Municipal, o ex-prefeito vê seu domínio político enfraquecer, especialmente em cidades vizinhas como Camaçari, Lauro de Freitas e Candeias.
Por outro lado, a população tem demonstrado maior consciência crítica sobre as práticas políticas adotadas por Dinha. Agora, ela clama por transparência e responsabilidade na gestão pública.
Impacto na carreira de Kátia Oliveira
Outro reflexo dessa crise é o futuro incerto da deputada estadual Kátia Oliveira, esposa de Dinha. Sem o apoio político do marido à frente da prefeitura, ela enfrentará sérias dificuldades para buscar sua reeleição em 2026.
A influência do casal junto a políticos estaduais e federais também deve sofrer forte impacto. Isso ocorre devido ao declínio de Dinha e ao sentimento anti-Dinha que se espalha pela cidade e pela região. Kátia, que já foi beneficiada pela máquina pública comandada por Dinha, agora terá que lidar com a perda de apoio em municípios onde antes era bem-vista.
Ademais, a falta de estrutura política e a desconfiança da população podem comprometer significativamente sua campanha para continuar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Revolta popular e futuro incerto
Diante de tantas irregularidades, a população de Simões Filho começa a expressar revolta e frustração. Após oito anos sob a influência de Dinha, os moradores sentem-se enganados e clamam por mudanças significativas na gestão pública.
Por fim, o sentimento anti-Dinha reflete uma tendência nacional de questionamento aos políticos tradicionais. Assim, a população de Simões Filho busca novas lideranças que priorizem o bem-estar coletivo.