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URGENTE: Repressão violenta a aposentados marca novos protestos contra Milei na Argentina

Repressão violenta a aposentados marca novos protestos contra Milei na Argentina

Com imagens do: clarin – Jornal Argentino

Nesta quarta-feira (12/03), imagens chocantes circularam nas redes sociais mostrando a Polícia argentina usando gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar aposentados que protestavam contra o governo de Javier Milei. Os manifestantes, que ocupavam as proximidades do Congresso Nacional em Buenos Aires, exigiam a revogação do veto à reforma da previdência e a restauração de subsídios para medicamentos essenciais.

De acordo com testemunhas, idosos foram arrastados ao chão e atingidos por jatos de água gelada em pleno outono argentino. “Isso não é democracia, é autoritarismo”, gritava uma aposentada de 72 anos, em vídeo que viralizou. As cenas lembram métodos repressivos de regimes ditatoriais, levantando críticas internacionais.

Medidas de Milei aprofundam crise social

O governo argentino insiste em políticas de austeridade radical, mesmo diante do colapso em setores como saúde e previdência. Desde janeiro, 12 mil idosos perderam acesso a remédios gratuitos, e 30% das aposentadorias tiveram valores reduzidos abaixo da linha da pobreza. Enquanto isso, Milei defende a privatização de empresas estatais e cortes de 40% em programas sociais.

Para analistas, a repressão aos protestos é uma estratégia para silenciar vozes dissidentes. “Milei criminaliza a pobreza e a velhice”, afirma o sociólogo Luis Campos. A tensão social já provocou aumento de 200% nas denúncias de violência institucional no país.

Bolsonaristas no Brasil defendem “Milei tupiniquim”

Enquanto a Argentina queima, setores da direita brasileira enxergam no modelo de Milei um exemplo a ser seguido. Em redes sociais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro defendem:

  • Corte imediato de programas como Bolsa Família;
  • Entrega de terras indígenas e recursos naturais a empresas estrangeiras;
  • Fim da CLT e da Previdência Social.

Segundo a última atualização do G1, os confrontos já deixaram 15 feridos e 8 presos, incluindo líderes de movimentos sociais. O governo argentino alega que os protestos são “coordenados por grupos terroristas”, mas não apresentou provas.

Fontes locais relatam que a repressão está se tornando mais brutal a cada semana, com policiais invadindo hospitais para prender manifestantes feridos. Enquanto isso, Milei segue ignorando apelos da ONU para negociar com os aposentados.

Brasil precisa estar alerta

Os eventos na Argentina são um termômetro para o Brasil. Projetos como a PEC 45/2025 (que propõe cortes em gastos sociais) e o PL 2.177/2024 (que facilita a venda de terras a estrangeiros) seguem em tramitação no Congresso, com apoio de partidos alinhados ao bolsonarismo.

Organizações sociais convocam atos neste domingo (16/03) em capitais brasileiras contra o “Ajuste Fiscal que destrói direitos”. A pergunta que fica: até quando a democracia será refém de projetos que privilegiam elites em detrimento do povo?

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