A Prefeitura de Simões Filho, comandada pelo prefeito Del (União Brasil), está no centro de mais uma polêmica. Desta vez, o caso envolve a dispensa de licitação para a compra de 3 mil cestas básicas. A empresa Fao Alimentos e Transportes LTDA recebeu o contrato, no valor de R$ 401.520,00, conforme publicação no Diário Oficial do Município em 24 de fevereiro deste ano.
A contratação direta, sem processo licitatório, gerou questionamentos sobre a transparência da gestão. O contrato prevê o fornecimento de kits com alimentos perecíveis e materiais de higiene por um ano. No entanto, a justificativa para a dispensa de licitação não foi divulgada, o que levanta dúvidas sobre a legalidade do procedimento.

Contexto político e histórico
A situação ocorre em um momento delicado para a administração municipal. O prefeito Del enfrenta denúncias de abuso de poder econômico durante as eleições municipais, que podem resultar na cassação de seu mandato e do vice-prefeito. Além disso, a falta de uma auditoria nas contas da gestão anterior, comandada pelo ex-prefeito Diógenes Tolentino (Dinha), aumenta a pressão por transparência na atual administração.
A contratação sem licitação parece seguir um padrão semelhante ao adotado por gestões anteriores. Isso reforça críticas sobre a continuidade de práticas questionáveis na administração pública de Simões Filho.
Detalhes do Contrato
A Fao Alimentos recebeu o contrato para fornecer 3 mil cestas básicas, que incluem itens como alimentos perecíveis e produtos de higiene. O valor total do acordo é de R$ 401.520,00, com vigência de um ano. No entanto, a dispensa de licitação não foi acompanhada de uma justificativa clara, o que contraria as boas práticas de gestão pública.
Segundo a legislação brasileira, a dispensa de licitação só é permitida em casos específicos, como situações de emergência ou quando há um único fornecedor capaz de atender às necessidades do poder público. A ausência de uma explicação formal sobre os motivos da dispensa aumenta as suspeitas sobre a legalidade do processo.
Impacto na população e questionamentos
A compra de cestas básicas é essencial para atender famílias em situação de vulnerabilidade social, especialmente em um contexto de crise econômica. No entanto, a falta de transparência na contratação pode comprometer a confiança da população na gestão municipal.
Especialistas em direito administrativo destacam que a dispensa de licitação deve ser utilizada com cautela e sempre acompanhada de justificativas claras e documentadas. A ausência desses elementos no caso de Simões Filho pode abrir espaço para questionamentos jurídicos e até mesmo ações de controle por parte do Tribunal de Contas.
O caso da contratação de 3 mil cestas básicas sem licitação em Simões Filho reforça a necessidade de maior transparência e responsabilidade na gestão pública. A população espera que a administração municipal adote práticas que garantam a legalidade e a eficiência no uso dos recursos públicos.
Enquanto isso, o prefeito Del e sua equipe precisam esclarecer os motivos da dispensa de licitação e demonstrar que a contratação foi feita dentro dos parâmetros legais. Caso contrário, a sombra da desconfiança continuará pairando sobre a gestão.