A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para ampliar o prazo de apresentação de sua defesa prévia no Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso, que pedia a extensão do prazo de 15 para 83 dias, foi negado pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e agora recebeu o aval negativo da PGR.
Bolsonaro e outros 32 denunciados, incluindo ex-ministros e militares, foram acusados pela PGR em 18 de fevereiro de participação em uma suposta trama golpista para mantê-lo no poder após a derrota nas eleições de 2022. Os crimes alegados incluem organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.
O prazo para apresentação da defesa vence nesta quinta-feira (7). Além de Bolsonaro, figuras como o ex-ministro Anderson Torres, o general Mário Fernandes e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid também devem se manifestar.
Em sua manifestação, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que “não há base legal” para a prorrogação do prazo. Ele destacou que a defesa já teve acesso às provas do caso, incluindo o relatório da Polícia Federal (PF), e que o pedido não tem sustentação.
A defesa de Bolsonaro argumenta que não teve acesso completo aos autos, mas a PGR rebateu, afirmando que houve “amplo acesso” às provas antes mesmo da denúncia. O ministro Alexandre de Moraes já havia negado o pedido inicialmente, e a PGR agora reforça a decisão, pedindo que o recurso seja novamente indeferido.
O caso segue sob análise do STF, com os denunciados enfrentando acusações graves que podem resultar em consequências significativas para todos os envolvidos.