O ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de prisão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro . A solicitação foi feita pela vereadora Liana Cirne (PT-PE) , mas não encontrou respaldo na Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão reiterou o parecer da PGR , que considerou o pedido infundado. Além disso, Moraes destacou que a vereadora não possui legitimidade para requerer a prisão de Bolsonaro.
Contexto das acusações
A vereadora argumentou que Bolsonaro incitou crimes ao convocar manifestações em defesa da anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro . Essas manifestações, segundo ela, representam uma ameaça à democracia e à ordem pública.
No entanto, a PGR já havia avaliado a necessidade de prisão de Bolsonaro no contexto da denúncia relacionada à tentativa de golpe. Na ocasião, optou por não solicitar a medida, entendendo que não há elementos suficientes para justificá-la.
Posição de Alexandre de Moraes
Ao analisar o caso, Moraes afirmou que o pedido formulado pela vereadora carece de fundamentação jurídica. Ele ressaltou que a competência para propor medidas dessa natureza cabe exclusivamente às autoridades responsáveis pelo Ministério Público ou outros órgãos com atribuição legal.
Portanto, o ministro acolheu o parecer da PGR e determinou o arquivamento do pedido. Com isso, a decisão encerra essa fase do processo sem avanços contra o ex-presidente.
Repercussões e análises
Por outro lado, especialistas destacam que as manifestações convocadas por Bolsonaro seguem sendo monitoradas. Afinal, qualquer conduta que incite violência ou desrespeito à Constituição pode gerar novas investigações.
Além disso, o episódio reacende debates sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade de figuras públicas em discursos que possam influenciar comportamentos ilegais.
Em suma, o pedido de prisão de Bolsonaro negado reforça a importância de fundamentação jurídica sólida em processos dessa natureza. Enquanto isso, a atuação da PGR e do STF continua sendo observada de perto por defensores da democracia e críticos do ex-presidente.