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Grupo Zema envolvido em caso de trabalho análogo à escravidão

Grupo Zema envolvido em caso de trabalho análogo à escravidão

Uma operação fiscal realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelou uma situação alarmante: 22 motoristas foram encontrados em condições análogas à escravidão prestando serviços no Centro de Distribuição e Apoio do Grupo Zema , em Araxá (MG). A ação, conduzida em fevereiro deste ano, evidenciou graves irregularidades trabalhistas que afetam diretamente os direitos dos trabalhadores.

Principais pontos desta matéria:

  • Motoristas chegavam a trabalhar até 19 horas diárias sem descanso adequado.
  • Empresa terceirizada, Cidade das Águas, não cumpria normas básicas de saúde e segurança.
  • Denúncias apontam relação próxima entre o Grupo Zema e prestadoras de serviço.
  • Governo de Minas Gerais enfrenta críticas por falta de fiscalização.

Condições precárias e ausência de direitos básicos

Os relatórios obtidos pela fiscalização mostram que os motoristas enfrentavam jornadas exaustivas e condições precárias . Segundo o auditor fiscal Rogério Lopes Costa Reis, responsável pela ação, a média diária de trabalho era de 16 horas , com casos extremos chegando a 26 horas consecutivas . Além disso, os profissionais almoçavam na boleia dos caminhões e dormiam em colchonetes improvisados, sem condições mínimas de conforto.

O problema central está na falta de intervalos obrigatórios e no excesso de horas extras. Os trabalhadores relataram que não havia tempo suficiente para descanso nem para atividades pessoais. Isso gerou impactos significativos em suas vidas, como ausência em eventos familiares, problemas de saúde e abandono de atividades físicas regulares .

Relação Entre Grupo Zema e Terceirizadas Sob Suspeita
De acordo com o auditor fiscal, o Grupo Zema mantinha controle indireto sobre a rotina dos motoristas. Embora a transportadora Cidade das Águas fosse formalmente responsável pelos funcionários, o conglomerado determinava rotas e prazos de entrega. Essa prática levanta questões sobre a responsabilidade legal do grupo empresarial nas violações cometidas.

Além disso, há registros de que a Eletrozema , braço do grupo familiar, impunha metas irrealistas aos motoristas. “Eles usavam e abusavam dos trabalhadores porque sabiam que poderiam pressioná-los sem consequências”, afirmou Rogério Reis.

Resistência Judicial da Empresa Autuada
Após ser notificada pelo MTE, a Cidade das Águas recorreu à Justiça para evitar sanções. Em seu pedido, a empresa alegou que não teve acesso às razões específicas da autuação. No entanto, auditores negam essa versão, afirmando que houve uma reunião clara com representantes da empresa antes da decisão final.

Mesmo assim, uma liminar inicial impediu temporariamente a rescisão dos contratos dos motoristas e outras penalidades. Contudo, a decisão perdeu validade em março, permitindo que as medidas punitivas avancem.

Posicionamento Oficial e Críticas ao Governo Estadual
Em resposta à reportagem, a Cidade das Águas declarou que cumpre integralmente suas obrigações legais e que as acusações são baseadas em interpretações arbitrárias. Por outro lado, o governador Romeu Zema , membro do conselho do grupo, ainda não se manifestou publicamente sobre o caso.

Essa situação amplifica as críticas ao governo estadual, especialmente após declarações polêmicas do governador em defesa de baixos salários em regiões pobres de Minas Gerais. Para especialistas, tais posicionamentos podem incentivar práticas exploratórias como as observadas neste episódio.

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