No mês de fevereiro, mães de crianças atípicas em Simões Filho vivenciaram uma situação angustiante: o fechamento abrupto da Escola Clarice Ferreira , uma das poucas instituições preparadas para atender estudantes com necessidades especiais. O caso ganhou repercussão após reportagem do Tudo é Política, onde mães relatam o descaso da prefeitura e da secretaria de educação diante do drama vivido pelas famílias.
O fechamento ocorreu logo no segundo dia do ano letivo, gerando revolta entre os pais que buscavam um ambiente adequado para seus filhos. Agora, sem respostas oficiais, as famílias pedem ajuda para encontrar soluções e garantir que essas crianças continuem tendo acesso à educação inclusiva.
Indignação após mudança para unidade inadequada
Segundo informações apuradas pelo Tudo é Política , a Escola Clarice Ferreira foi fechada após uma reunião sigilosa , forçando os alunos a se transferirem para o antigo PAPI (Programa de Atendimento à Primeira Infância). Entretanto, o novo espaço é descrito como completamente inadequado para atender às necessidades das crianças atípicas.

“A estrutura lá é precária. É um cubículo quente e abafado , sem área de lazer ou acessibilidade”, relata uma mãe que prefere não se identificar por medo de represálias. Além disso, a falta de comunicação prévia sobre a mudança deixou os pais ainda mais frustrados. Muitas mães chegaram ao local e foram informados precisariam buscar outra unidade para seus filhos.
Impacto na rotina das famílias
Outro ponto de insatisfação é a alteração no horário das aulas. Devido à limitação de espaço no antigo PAPI, o 4º ano, que funcionava no período matutino, foi transferido para o turno vespertino. Essa mudança pegou os pais de surpresa, já que as matrículas haviam sido realizadas considerando o horário da manhã.
“Minha rotina e a dos outros pais foi completamente prejudicada. Não temos como nos ajustar a essa nova realidade sem apoio”, desabafa Ariadne, mãe de Adrian, um garoto autista nível 2. Em um vídeo emocionante enviado ao site Tudo é Política, ela relata sua luta para encontrar uma solução e chega a segurar o choro ao falar sobre o futuro incerto de seu filho.
Críticas à gestão municipal e à secretária de educação
As críticas recaem principalmente sobre a secretária de educação, Eliene Mota , que permanece no cargo mesmo após denúncias de má gestão. Conforme revelado por fontes ligadas ao caso, A secretária eliene Mota foi mantida na posição pelo atual prefeito Del, seguindo “orientações” do ex-prefeito Diógenes Tolentino, conhecido como “Dinha, o que o coloca como principal resposável pela situação.
Essa decisãodemanter a secretária Eliene Mota tem gerado questionamentos, especialmente após as recentes denúncias feitas pelo vereador licenciado Genivaldo Lima . Durante participação no programa Linha Quente, na última segunda-feira (17), Genivaldo Lima acusou Tolentino de ter deixado uma “bomba orçamentária” para explodir nas mãos do atual prefeito Del.
Ele afirmou que a gestão anterior teria comprometido recursos sem a anuência da Câmara, o que certamente impactou no fechamento da Escola Clarice Ferreira. Para piorar, a secretária Eliene Mota, que já ocupava o cargo no final do mandato de Dinha, continua à frente da pasta, mesmo sendo apontada como incapaz de resolver os problemas enfrentados pela rede municipal de ensino.
Denúncias e falta de transparência
Além do fechamento da escola, há relatos de que a decisão foi tomada sem diálogo com os pais ou a comunidade escolar. A falta de transparência da secretaria de educação amplifica o sentimento de abandono das famílias, que agora buscam apoio por meio de vídeos e campanhas públicas.
“É como se nossos filhos não importassem. Eles precisam de cuidado especial, mas ninguém parece se importar”, desabafa outra mãe durante protestos organizados na região.
Um apelo por socorro
Diante dessa crise, mães de crianças atípicas clamam por uma solução urgente. O fechamento da Escola Clarice Ferreira expõe falhas graves na gestão educacional de Simões Filho e coloca em risco o futuro de dezenas de crianças que dependem de um ambiente preparado para suas necessidades.
Enquanto isso, a população aguarda respostas concretas da prefeitura e da secretaria de educação. Afinal, garantir o direito à educação inclusiva não pode ser visto como um luxo, mas sim como uma obrigação do poder público.