Pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, identificaram uma nova cepa de coronavírus, denominada HKU5-CoV-2, com potencial para infectar humanos. O estudo, publicado na renomada revista científica Cell, revela que o vírus é surpreendentemente semelhante ao Sars-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19. A descoberta acende um alerta global sobre a possibilidade de novos surtos virais.
O que você precisa saber sobre o HKU5-CoV-2:
- Pertence à família dos merbecovírus, patógenos já detectados em animais como visons e pangolins.
- Utiliza o receptor ACE2 para infectar células humanas, assim como o Sars-CoV-2.
- Foi identificado em morcegos, mas sua capacidade de transmissão direta para humanos ainda está sob investigação.
Os pesquisadores utilizaram uma técnica avançada chamada Cryo-EM, que emprega um microscópio de alta potência, para analisar a estrutura do vírus. Essa metodologia permitiu confirmar que o HKU5-CoV-2 é capaz de infectar culturas de células humanas em modelos de órgãos miniaturizados.
Impactos econômicos da descoberta
A notícia da nova cepa viral gerou preocupação entre investidores, refletindo-se no mercado financeiro. O dólar encerrou o dia em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,73. A moeda americana oscilou durante o dia, mas a aversão a riscos aumentou, pressionando moedas emergentes, como o real. Além disso, a queda nas cotações do petróleo também contribuiu para a desvalorização da moeda brasileira.
Riscos e próximos passos
Embora o estudo aponte semelhanças alarmantes entre o HKU5-CoV-2 e o vírus da Covid-19, os pesquisadores reforçam que mais investigações são necessárias para determinar o real potencial de transmissão para humanos. “Os merbecovírus de morcegos representam um risco elevado de propagação, seja por transmissão direta ou através de hospedeiros intermediários”, afirma o estudo.
A descoberta ressalta a importância de monitorar vírus em animais selvagens, especialmente em regiões com alta biodiversidade, como a China. Medidas preventivas e investimentos em pesquisa são essenciais para evitar futuras pandemias.