A Colônia Penal de Simões Filho (CPSF) recebeu, na última terça-feira (11), a visita de equipes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para a coleta de amostras genéticas de 40 internos. A ação faz parte de um esforço conjunto com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) para auxiliar na elucidação de crimes em todo o país.
A iniciativa segue a Lei 12.654/12, que prevê o confronto de dados genéticos de presos condenados com vestígios coletados em cenas de crimes. O objetivo é identificar possíveis ligações entre os detentos e crimes não solucionados, como violência sexual e homicídios.
Como funciona o processo de coleta e análise
As amostras coletadas são enviadas para a Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica. Lá, os perfis genéticos são processados e inseridos no Banco de Perfis Genéticos, que realiza comparações semanais com dados de todo o Brasil.
Desde 2018, a Polícia Técnica da Bahia já coletou 4.194 amostras de internos em unidades prisionais do estado. Essa prática tem sido fundamental para desvendar crimes antigos, graças à tecnologia de identificação criminal por DNA.
Colaboração entre Seap e Polícia Técnica
A Seap desempenha um papel crucial nesse processo, disponibilizando os internos e a infraestrutura necessária para a coleta de amostras. Além da Colônia Penal de Simões Filho, outras unidades prisionais da Bahia também participam da iniciativa.
Essa parceria entre a Seap e a Polícia Técnica reforça o compromisso com a segurança pública e a justiça, garantindo que crimes sejam solucionados e os responsáveis, devidamente identificados.
Impacto na elucidação de crimes
O confronto de dados genéticos é uma técnica avançada que compara o DNA de condenados com vestígios biológicos encontrados em cenas de crime. Essa metodologia já ajudou a resolver casos complexos, incluindo crimes violentos que permaneciam sem respostas.
A coleta de amostras em presídios é um passo importante para ampliar o banco de dados e aumentar as chances de identificar criminosos. Além disso, a ação serve como um deterrent para futuros crimes, já que os infratores sabem que seu DNA pode ser usado para ligá-los a delitos.
A coleta de amostras genéticas na Colônia Penal de Simões Filho é mais uma etapa no esforço contínuo para solucionar crimes e garantir justiça. Com a colaboração entre a Seap e a Polícia Técnica, a Bahia avança no uso de tecnologias modernas para fortalecer a segurança pública e trazer respostas às vítimas de crimes.