A família de Binho do Quilombo continua sem acesso aos autos da investigação sobre seu assassinato, ocorrido em 2017, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A recente soltura de um suspeito aumentou a revolta e a cobrança por justiça.
Falta de transparência na investigação
- Advogado denuncia falta de acesso aos autos
- Decisão judicial libera suspeito do crime
- Família e comunidade exigem respostas
O advogado David Mendez, representante da família, denunciou que há anos solicita acesso ao inquérito, sem sucesso. Segundo ele, mesmo após inúmeras tentativas, as instituições responsáveis ignoram os pedidos.
Revolta após liberação de suspeito
O sentimento de revolta tomou conta da família e da comunidade quilombola após a decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) de conceder a liberdade a Willian Portugal Brito, apontado como envolvido no crime. Para os familiares, a soltura sem esclarecimentos representa um retrocesso na busca por justiça.
“É inacreditável, mas lamentavelmente é a realidade. Várias petições foram feitas, mas sequer houve resposta”, afirmou Mendez.
Pedidos ignorados pelas autoridades
O advogado revelou que os pedidos foram feitos em nome de Mãe Bernadete, mãe de Binho, assassinada em 2023, e também da Associação Muzanzu, fundada por ela. Atualmente, Wellington, filho de Binho, preside a entidade e também tenta acompanhar o caso.
“Protocolamos diversas solicitações, mas nenhuma resposta veio da Polícia Federal, do MPF ou da Justiça Federal. A família tem o direito de saber o andamento da investigação”, destacou Mendez.
O assassinato de Binho do Quilombo
Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, foi morto em 19 de setembro de 2017, no Território Quilombola de Pitanga dos Palmares. Criminosos armados o surpreenderam e tiraram sua vida brutalmente.
Anos depois, sua mãe, Mãe Bernadete, também foi assassinada, causando grande comoção e reforçando as exigências por justiça e segurança para os quilombolas.
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