O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o orçamento de Camaçari 2025 livre das restrições impostas pela Câmara Municipal em períodos anteriores. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, que negou seguimento à reclamação apresentada pelo Legislativo contra uma ordem do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Principais pontos sobre o caso:
- A disputa envolve limitação severa no percentual para abertura de créditos suplementares.
- Gestão anterior da Câmara havia reduzido de 100% para apenas 2%.
- TJ-BA já havia suspendido essa medida, decisão agora confirmada pelo STF.
A polêmica começou após a eleição municipal do ano passado, quando a gestão orçamentária sofreu alterações significativas. Na ocasião, a Câmara, então presidida por Flávio Matos — derrotado nas urnas pelo atual prefeito Luiz Caetano (PT) —, aprovou um orçamento que impunha uma trava drástica ao Executivo. Alegando violação dos princípios da separação de poderes, Caetano acionou a Justiça estadual, obtendo uma vitória parcial.
No entanto, o Legislativo levou o caso ao STF, argumentando que a intervenção judicial violava suas prerrogativas. O ministro Alexandre de Moraes, contudo, considerou que a redução imposta pelas emendas legislativas era “severa e desproporcional”, colocando em risco a eficiência da administração pública municipal. Assim, a Justiça entendeu ser necessário intervir de forma excepcional para proteger os interesses da população.
Com a decisão do STF, segue em vigor a suspensão da limitação de 2%, garantindo ao prefeito Luiz Caetano maior liberdade na gestão orçamentária de Camaçari em 2025. Para especialistas, esta é uma importante vitória não apenas para o Executivo local, mas também para gestão orçamentária Camaçari , pois evita entraves que poderiam prejudicar serviços essenciais à população.
Além disso, a decisão ressalta a importância da harmonia entre os poderes, sem que um limite excessivo comprometa as atribuições constitucionais do outro. Dessa forma, o município poderá utilizar os créditos suplementares prefeitura de maneira mais flexível, atendendo demandas emergenciais e projetos prioritários.
“Portanto, fica evidente que a decisão do STF fortalece a autonomia do Executivo, ao mesmo tempo em que preserva o equilíbrio federativo”, afirmam analistas. Por outro lado, o episódio expõe a necessidade de diálogo entre os poderes para evitar decisões que possam gerar conflitos futuros.