STF utiliza arte e diálogo para relembrar 2 anos dos ataques de 8 de janeiro

STF promove roda de conversa, entrega de obras feitas com destroços e lança hotsite em memória dos ataques de 8 de janeiro, destacando resiliência.

Notícias do STF – O Supremo Tribunal Federal (STF) organizará um evento especial no dia 8 de janeiro, marcando dois anos dos ataques que afetaram os três Poderes da República. Com início às 14h, a programação contará com uma roda de conversa aberta pelo ministro Edson Fachin, vice-presidente do STF no exercício da Presidência. Além disso, às 15h30, ocorrerá a entrega de obras de arte criadas com destroços da invasão, feitas por quatro artistas de Brasília.

Destaques do evento de memória e reconstrução

  • Roda de conversa com servidores e colaboradores envolvidos na recuperação das instalações.
  • Entrega de obras de arte produzidas com materiais dos destroços.
  • Lançamento de hotsite com informações sobre os ataques e o processo de reconstrução.

A roda de conversa: Reflexões sobre reconstrução e resiliência

No encontro, estarão presentes servidores que participaram diretamente da limpeza e da restauração das instalações destruídas. O evento destacará o esforço coletivo para superar os danos causados pelos ataques.

Além disso, um hotsite será lançado para documentar os acontecimentos, desde a destruição do prédio até a responsabilização dos invasores, simbolizando o compromisso com a preservação da memória histórica.

A arte como símbolo de ressignificação

Quatro artistas plásticos foram convidados a criar obras que ressignificam os destroços da invasão ao STF:

  1. Valéria Pena-Costa: Sua obra, intitulada “Manto da Democracia”, foi confeccionada com a participação de 60 mulheres, simbolizando identidade e solidariedade. Inspirada na toga da ministra Rosa Weber, representa força e união.
  2. Carppio de Morais: Apresentou uma pintura sobre tela em tons de preto, refletindo o luto e a resistência. A obra traz uma narrativa histórica desde a escravidão até os dias atuais.
  3. Marilu Cerqueira: Criou uma peça com pedras de mármore, vidros e cacos de espelho, retratando a destruição e as cicatrizes do tribunal. Para ela, o 8 de janeiro é um marco que deve ser lembrado como um alerta para o futuro.
  4. Mário Jardim: Trabalhou em conjunto com Valéria Pena-Costa para criar uma obra onde a palavra “democracia” é refletida em fragmentos de espelho, remetendo à ideia de que, mesmo fragmentada, a democracia permanece íntegra.

Lançamento do hotsite: Memória e balanço

O hotsite a ser lançado incluirá uma linha do tempo detalhada dos ataques, o processo de reconstrução e a identificação dos responsáveis. Com um design interativo, o objetivo é garantir que esses fatos não sejam esquecidos.

O evento organizado pelo STF busca não apenas relembrar um momento de crise nacional, mas também reafirmar a importância da democracia e da arte como instrumentos de resiliência e memória.

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